Digo Xavier - Agência Câmara
O PSB terá participação efetiva nas sucessões estadual e federal. Apesar de notórias dificuldades da legenda desde as pressões que resultaram na saída do ex-ministro Walfrido Mares Guia da direção estadual, essa afirmativa virou mantra entre lideranças do partido na estratégia de ampliar o numero de comissões provisórias.
Das 380 existentes nas eleições de 2010, o número foi reduzido a 82 comissões provisórias, de acordo com o deputado federal Júlio Delgado, que assumiu em julho o comando da sigla. Segundo ele, até o fim de 2013 serão 200 comissões nos municípios.
Ao Hoje em Dia, Delgado disse que o PSB terá uma chapa completa de candidatos para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados sem precisar de coligar-se com outros partidos.
“Temos chapa completa para deputados estaduais e federais, mas não vamos fechar o diálogo com as outras legendas”, afirmou.
A direção decidiu implantar coordenadorias nas macrorregiões mineiras para evitar que o partido fique centralizado em Belo Horizonte.
Segundo Delgado, a partir de janeiro estarão funcionando 13 coordenadorias no interior do Estado. “A capital é uma regional, por si só. Teremos outra regional integrando os demais municípios na Região Metropolitana”.
Com essa descentralização, pretende-se dobrar o número de comissões que havia em 2012 (cerca de 300), para chegar à convenção do PSB, em junho de 2014, com comissões provisórias constituídas em 600 cidades mineiras.
Para que o partido possa se estruturar melhor, a direção pretende fazer 67 reuniões plenárias regionais abrangendo todas as microrregiões do Estado até março.
Um dos critérios para escolha das cidades-sede será observar onde o PSB está melhor estruturado. A escolha dos coordenadores tem sido feita de modo democrático, segundo o secretário estadual do PSB, Laudo Natel, porque a direção partidária está ouvindo as cidades para indicar os coordenadores de cada região.
A divisão em microrregionais, com cidade-sede e coordenador, vai aproximar a direção das bases partidárias, prevê Natel. “Cada região tem realidade diferente a construir a política para o Estado, o caminho para formular a proposta de governo, se o PSB vier a ter candidato a governador de Minas”. Para ele, o momento pede coerência com as manifestações populares que estão cobrando mudança.